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Os professores, durante a 3ª aula, produziram cartas relatando, na primeira parte, a condição de vida e de trabalho dos seus alunos. Já no segundo momento, os docentes falaram sobre o material pedagógico da EJA usado em sala de aula. Seguem abaixo todas as cartas.

Sala: 410
Fragmentos da Carta aos Educadores 1ª e 2ª parte
Grupo: Janaína Ferreira, Janaína Badini, Jane Cristina, Jacira de Paiva, Lucimara de Oliveira, José Augusto Costa.

1) “A maioria tem trabalhos informais: mecânico, cabeleireiro, empregada doméstica, manicure, vendedor. Talvez, por gravidez na adolescência, não puderam dar continuidade aos estudos para ingressar no mundo do trabalho e ajudar em casa. Voltam à escola com o objetivo de promoção no trabalho”.

2) “Os materiais pedagógicos utilizados na EJA devem refletir a realidade dos alunos, aliando um currículo aberto a formação integral do aluno: social, para o mercado de trabalho e humano. Neste sentido, os materiais pedagógicos devem ter uma abordagem ampla sobre o mercado de trabalho, abordando as diferentes profissões, formações educacionais para as diferentes áreas de atuação profissional, aproximando toda a teoria à realidade dos alunos”.

Grupo: Juliana, Layla, Karla, Lucilene, Joaquim Marinho, Jorseleia, Maíra e Joaquim Pinho.
1) – “Geralmente estão inseridos em comunidades ou bairros de periferia”.
    - “A maioria não trabalha de carteira assinada. São geralmente vendedores, manicures, diaristas, pedreiros, eletricistas, garçons, jardineiros, artesãos, etc”.
    - “Fazem várias atividades ao mesmo tempo”.

2) “Pensamos que os livros deveriam explicar o mercado formal e informal, estimular o empreendedorismo, o direito do trabalhador e consumidor, falar sobre cooperativismo”.

Grupo: Jociara, José Renato, Lúcia Helena Ribeiro, Lenira, Janaína Gomes, Kátia de Almeida, Juzélia, Liliane de Castro.

1) Vivem:

- “De forma precária (a grande maioria)”.
- “Estão integrados no trabalho informal”.
- “Usam este trabalho como complemento de renda”.

2) “Os materiais pedagógicos deveriam ser uma reflexão para o mundo do trabalho, levando o aluno a uma visão crítica, resgatando assim, o seu papel de cidadão trabalhador com sua prática de trabalho valorizada. O aluno deve descobrir o que sabe fazer de melhor e transformar este conhecimento em sua própria sustentabilidade”.

Sala: 405
Fragmentos da Carta aos Educadores 1ª parte
Grupo: Ayses Barreto, Andréa Q. das Neves, Andréa. S. Fontes, Cíntia Mendes Macedo, Ana Cláudia de A. Almeida, Ana Cristina C. Magalhães, Augusto Beug Netto e Alba de A. Nascimento
As condições de vida e de trabalho dos estudantes da EJA e seus familiares são as mais variadas e precárias: vem de um processo de exclusão e trabalham em empregos informais, além de sobreviverem com projetos sociais do governo. Quando possuem emprego formal, o salário não atende as necessidades básicas de sobrevivência.

Fragmentos da Carta aos Educadores 2ª parte
Grupo: Ayses Barreto, Andréa Q. das Neves, Andréa. S. Fontes, Cíntia Mendes Macedo, Ana Cláudia de A. Almeida, Ana Cristina C. Magalhães, Augusto Beug Netto e Alba de A. Nascimento
Todo material pedagógico direcionado a EJA deve relacionar o conteúdo com a vida deles.
Além dos livros, o professor deve levar para a sala de aula outros recursos, tais como: jornais, revistas etc. A partir daí, realizar um vínculo entre o conteúdo a ser ministrado e o cotidiano dos alunos.
O professor deve estar, acima de tudo, atento às falas produzidas pela turma, para então compreender o outro e descobrir caminhos que levem a uma boa relação de ensino-aprendizagem.

Sala: 407
Fragmentos da Carta aos Educadores 1ª parte
Grupo: Edila Gomes, Edilene Corrêa, Flávia Santos, Francisco Carlos, Isabel Cristina e Gerson Barbosa Feitosa
A maior parte dos estudantes da EJA trabalha na informalidade e alguns até na ilegalidade. O subemprego é a realidade para a maioria dos seus familiares.

Grupo: Gisele Herdy, Graci Baptista, Adriana Santos, Daniele Monteiro, Rosemary dos Santos, Hilda Dias.
As condições de vida e de trabalho são diversificadas. Os estudantes possuem trabalhos formais, informais e inclusive ilegais, com distintos padrões de vida. O cotidiano traz múltiplos significados apontados em atividades que evidenciam necessidade de apoio, carência afetiva, dependência química, anseio por orientação profissional e pedagógica, além da atração/necessidade da merenda escolar. Os alunos com necessidades educativas especiais, percebem na escola o meio para suprir as carências acumuladas ao longo de suas vidas.

Grupo: Hulda, Glória Zarate, Diane, Gilma, Daniele Velasco, Dulcinéa Manhães
Moradores de periferia, a maioria inseridos na economia informal, muitos sendo explorados pois necessitam daquele soldo para a sua sobrevivência, muitos precisam escolher entre a escola e o biscate (por tempo limitado). A família muitas vezes não incentivam a continuidade na escola pois necessita daquela renda para ajudar em casa.

Grupo: Isabel Goudard, Gerson Feitosa, Izilda Maria, Elizabeth Morais
São alunos de classe média baixa, são assalariados que na maioria das vezes trabalham por conta própria. São famílias desestruturadas, jovens sem estímulos e com graves problemas sociais como o consumo de drogas.

Fragmentos da Carta aos Educadores 2ª parte
Grupo: Isabel Goudard, Gerson Feitosa, Izilda Maria, Elizabeth Morais
A grande dificuldade é a falta de material pedagógico, ficando este a cargo do professor. Havendo um material, seria interessante questões cotidianas do aluno.

Grupo: Daniele Velasco, Gilma Paiva, Dulcinea Manhães, Glória Zarate, Hulda
Textos que levem à reflexão da formação dos trabalhadores, não só para a remuneração, mas para o questionamento e reflexões sobre as condições de trabalho e sua força de produção e capital. Inserindo assim, não só ao mercado de trabalho, mas também a consciência cidadã ativa e participativa.

Grupo: Gisele Herdy, Daniele Monteiro, Adriana Rodrigues, Hilda Dias, Rosemary dos santos, Graci Caleia
Os materiais pedagógicos da EJA deveriam levar o aluno a reflexão sobre a realidade a fim de que ele construa uma visão de mundo própria. O aluno precisa compreender a estrutura social em que está inserido. Estar ciente dos seus direitos e e deveres enquanto cidadão e em sua maioria trabalhadores. Há uma necessidade de que esse aluno questione as próprias certezas acerca do trabalho adquiridas ao longo da sua trajetória e reconstrua um percurso mais justo.

Grupo: Edila Gomes, Flávia, Isabel Cristina, Francisco Carlos, Edilene
A proposta da EJA é trabalhar a realidade social, cultural e familiar do aluno. Partindo da realidade (do aluno) digo do mesmo, e de suas condições de trabalho, além de promover a discussão de direitos e deveres sociais e civis, contribuindo para que o educando participe do processo democrático social.


Sala: 410
Fragmentos da Carta aos Educadores 1ª e 2ª parte
Grupo: Janaína Ferreira, Janaína Badini, Jane Cristina, Jacira de Paiva, Lucimara de Oliveira, José Augusto Costa.

1) “A maioria tem trabalhos informais: mecânico, cabeleireiro, empregada doméstica, manicure, vendedor. Talvez, por gravidez na adolescência, não puderam dar continuidade aos estudos para ingressar no mundo do trabalho e ajudar em casa. Voltam à escola com o objetivo de promoção no trabalho”.

2) “Os materiais pedagógicos utilizados na EJA devem refletir a realidade dos alunos, aliando um currículo aberto a formação integral do aluno: social, para o mercado de trabalho e humano. Neste sentido, os materiais pedagógicos devem ter uma abordagem ampla sobre o mercado de trabalho, abordando as diferentes profissões, formações educacionais para as diferentes áreas de atuação profissional, aproximando toda a teoria à realidade dos alunos”.

Grupo: Juliana, Layla, Karla, Lucilene, Joaquim Marinho, Jorseleia, Maíra e Joaquim Pinho.
1) – “Geralmente estão inseridos em comunidades ou bairros de periferia”.
    - “A maioria não trabalha de carteira assinada. São geralmente vendedores, manicures, diaristas, pedreiros, eletricistas, garçons, jardineiros, artesãos, etc”.
    - “Fazem várias atividades ao mesmo tempo”.

2) “Pensamos que os livros deveriam explicar o mercado formal e informal, estimular o empreendedorismo, o direito do trabalhador e consumidor, falar sobre cooperativismo”.

Grupo: Jociara, José Renato, Lúcia Helena Ribeiro, Lenira, Janaína Gomes, Kátia de Almeida, Juzélia, Liliane de Castro.

1) Vivem:

- “De forma precária (a grande maioria)”.
- “Estão integrados no trabalho informal”.
- “Usam este trabalho como complemento de renda”.

2) “Os materiais pedagógicos deveriam ser uma reflexão para o mundo do trabalho, levando o aluno a uma visão crítica, resgatando assim, o seu papel de cidadão trabalhador com sua prática de trabalho valorizada. O aluno deve descobrir o que sabe fazer de melhor e transformar este conhecimento em sua própria sustentabilidade”.

Sala: 412
Fragmentos da Carta aos Educadores 1ª parte
Grupo: Patrícia Yamamoto,Marco Bast, Maria Jucisleide,Marcilene Cristina Dias, Patrícia Lannes de Oliveira Rodrigues.

“ As condições são de sobrevivência pura e simples,pois os nossos estudantes são sempre trabalhadores tidos como ‘MÃO DE OBRA’ barata,são mal remunerados,sem qualificação registrada (certificações) e pior ainda sem o registro em carteira para poderem através de seus trabalhos,terem garantidos seus direitos de cidadãos.Muitos de nossos estudantes trabalham em locais que não refletem a sua realidade e sentem-se discriminados sua auto-estima baixa,o que precisa ser trabalhado na escola.”
Grupo: Mauro Soares, Maria Luiza Soares, Maria do Socorro Pereira, Maria da Glória Rocha,Marco Antônio Gomes.

“Existe uma carência enorme de tudo e de todos,alguns para mais e outros para menos.Alguns possuem carteira assinada,são assalariados,outros trabalham sozinhos no mercado informal,por conta própria ou para outras pessoas.Existem também muitos desempregados e que dependem até mesmo da refeição que é oferecida na escola (merenda escolar).”

Grupo: Oswaldo,Maria Tereza,Mercedes,Rafael,Max,Neide,Maria Augusta.
“ Trabalham como pedreiros,faxineiros,entregadores de papel na ruas,manicures,atendentes. Usam roupa de marca,obtendo condições através de meios mais fáceis (e muitas vezes trabalhando e economizando).São treinados pelos pais para venda de produtos nas ruas altas horas da noite.Muitas famílias hoje sobrevivem com a venda de artesanatos feitos em casa,reaproveitando materiais que antes eram largados no lixo e hoje aprenderam a reciclar.Em famílias e vizinhanças as pessoas “passam” coisas umas para as outras (roupas,cadernos,livros etc...) Muitas vezes servem a muitas gerações,passando dos mais velhos para os mais novos (geralmente).Observamos essa passagem como uma “Feira de Troca” obrigatória,imposta pela vida dura aos sujeitos.”

Grupo: Márcia Valéria Brito, Regina Sabóia, Marize Gos, Núbia, Miguel Antõnio, Palmira Silva, Márcia Luzia Carneiro.

“A casa de nossos alunos é uma incubadora de trabalho.São várias as profissões existentes nas casas de nossos alunos. O trabalho da EJA deveria ser voltado para abordar as profissões ,tais como,pedreiro,carpinteiro etc...”
“A escola deve procurar saber sobre as qualificações dos estudantes e procurar qualificá-los.”
“Muitos alunos por conta das necessidades materiais e baixa escolaridade, vivem de atividades informais como camelôs,muitos alunos tem problemas de vício em drogas lícitas e ilícitas,jogo,etc...Isso prejudica o aprendizado deles.”
“A escola precisa se aproximar do aluno pra saber sobre sua vida, desejos e anseios.Isso é necessário para nortear o trabalho pedagógico a ser desenvolvido.

Fragmentos da Carta aos Educadores 2ª parte

Grupo: Mauro Soares, Maria Luiza Soares, Maria do Socorro Pereira, Maria da Glória Rocha,Marco Antônio Gomes.
“Incentivar a criatividade e a oportunidade, a esperança,a vaidade e a vontade de viver.Reforçar a beleza,a estética,a auto-estima,a força do coletivo.”
“O grupo lembrou que o senso comum imagina que estética e beleza são apenas para as classes mais abastadas e quando os grupos mais humildes buscam esse aspecto não são valorizados.”
“O grupo também lembrou como os alunos mesmo sem condições,dominam conhecimentos tecnológicos,como internet ,celular,games..E os livros didáticos continuam presos nos conteúdos mínimos.”
Grupo: Patrícia Yamamoto,Marco Bast, Maria Jucisleide,Marcilene Cristina Dias, Patrícia Lannes de Oliveira Rodrigues.
“Os materiais pedagógicos da EJA devem ir de encontro com a realidade do aluno tentando formá-lo criticamnete,inserido culturalmente,socialmente.Possibilitando versatilidades no mercado de trabalho e na sociedade.”

Grupo: Oswaldo,Maria Tereza,Mercedes,Rafael,Max,Neide,Maria Augusta.

“É usado em sala de aula o mesmo livro para todas as séries ,o professor leva material de sua casa,com seu próprio recurso.”
“O material didático deve estimular a escrita.Além de notícias das mídias,deve estimular que eles façam redações sobre os assuntos que nos cercam.Escrever histórias de vida,notícias,questões da cidade,da escola,etc..”
“Pensamos que a EJA deveria abordar questões que estimulem à qualificação do trabalhador no futuro,preparando os jovens para uma vida profissional melhor,com mais oportunidades de vida produtiva.”
Grupo: Márcia Valéria Brito,Regina Sabóia,Marize Gos,Núbia,Miguel Antõnio,Palmira Silva,Márcia Luzia Carneiro.
“Falar sobre a existência de diversidade de trabalhos ;abordar as relações de classe,problematizando-as,valorizar as formas de trabalho dos alunos não hierarquizando os conhecimentos que eles já trazem;apontar para discussões sobre os direitos trabalhistas de um modo geral ,entre outros.”

Sala: 416
Fragmentos da Carta aos Educadores 1ª parte

Grupo: Silvana Mota, Rosemary, Washington, Ronaldo, Rosinete
Caro professor! Você está recebendo um grupo de trabalho muito especial! São pessoas que por inúmeros motivos não conseguiram de forma regular e no momento adequado alcançar seus objetivos educacionais. Além de sujeitos são trabalhadores autônomos, informais e desempregados. Recursos pedagógicos e políticas sociais são importantes e relevantes no processo educacional, por isso, entendemos que não depende exclusivamente de você professor, mas sabemos da sua importância no processo de ensino aprendizagem, logo seu envolvimento fará a diferença, por isso, trate este sujeito com carinho, responsabilidade, sabedoria e dialogo.

Grupo: Silvia, Virgínia, Sergio Rosangela e Terezinha.
Normalmente são pessoas com baixa alta-estima e que geralmente reproduzem as vidas dos pais, sem muita expectativa de uma real mudança de vida. São pessoas que vivem de um trabalho de pequena renda, que mal dá para sobreviverem.

Grupo: Sandra Regina, Vera Lucia, Silviane, Rosangela e Wanderléa
O trabalhador informal é remetido no mercado de trabalho como vendedor ambulante de bebidas e diversos. Conforme vendem, além de reciclar o plástico e a lata, gerando um pouco mais de renda para sua família e sobrevivência.

Grupo: Roberta Adriana Monteiro, Thaís Rabello, Simone Santos dos Reis, Renata Campos Rodrigues, Thaíza Valéia S. Soares.
A maioria dos alunos desenvolve o trabalho informal para a sobrevivência. Demonstram um conhecimento prático da profissão. Apresentam sintomas de doenças decorrentes do trabalho braçal, que se agravam com a falta de atendimento nos hospitais e desnutrição.

Fragmentos da Carta aos Educadores 2ª parte

Grupo: Silvana Mota, Rosemary, Washington, Ronaldo, Rosinete
Deveriam em primeiro lugar mostrar que o trabalho pode e deve estar associado também a realização pessoal. Em segundo lugar, deveriam sempre apresentar
conhecimentos que estejam relacionados a vivencia e ao contexto de trabalho vivenciado por eles.

Grupo: Silvia, Virgínia, Sergio Rosangela e Terezinha.
O material didático deveria conter os direitos e obrigações dos trabalhadores. Trazer informações sobre várias profissões, com o objetivo de dar oportunidades de escolhas.
Grupo: Sandra Regina, Vera Lucia, Silviane, Rosangela e Wanderléa
O material didático em nossas comunidades não se aproxima da realidade dos alunos, nem dentro do contexto de vida, o dia-a-dia.

Grupo: Roberta Adriana Monteiro, Thaís Rabello, Simone Santos dos Reis, Renata Campos Rodrigues, Thaíza Valéia S. Soares.
Os materiais pedagógicos da Eja deveriam, antes de tudo partir das diferentes realidades dos alunos, a partir de contextos significativos, que permitisse aos alunos uma reflexão mais ampla sobre a realidade social.